Este texto é uma homenagem aos colegas trintões que viajaram comigo a este evento, onde pude compartilhar boas experiências e guardar ótimas lições de vida. E também aos professores que já estão na estrada a mais tempo e que certamente nos engrandeceram com sua sabedoria.

Eu não vou falar do caráter político das coisas, afinal política está em tudo que rodeia as relações sociais. O III Fórum de docente da Estácio selecionou os melhores professores de cada Estado em 2011 para trocar experiências e comemorar conquistas. Assim como no Banco do Nordeste ou na IBM, empresas de grande porte, pelo que pude observar, procuram neste tipo de evento construir um discurso: aquele que já estou acostumado a ouvir. É uma demonstração de engrandecimento da alma.

No ano passado outros merecidos colegas foram para o Rio, neste mesmo evento. Eu me lembro bem que não conseguia assimilar aquele apreço institucional. Afinal de contas, eram só números que nos faziam diferentes para ir ou não. Na minha cabeça isto não era parâmetro de muita coisa. Eu não me sentia parte dessas conquistas. Mas queria o destino, ou a competência, como chamem, que eu fosse um dos professores contemplados deste ano. Para mim foi uma combinação de resultados bons.

Nesses dois dias no Rio de Janeiro, no Windsor Barra, o presidente demonstrou de forma sincera, em seu discurso de abertura, seu desejo de poder abraçar a todos e dar o máximo de oportunidades possíveis aos seus funcionários. Percebi que a Estácio é uma empresa que está aprendendo a ser grande, evoluída. É uma companhia privada sim, que tem seu modelo de negócios, que faz uma máquina girar. Mas que também tem seu patrimônio intelectual, e faz questão, da forma que pode, de reconhecer quem se dedica ao grupo.

Não foram as palestras ou apresentações que me tocaram. Foram as pessoas. E a ficha começou a cair. Ora, eu era um professor transeunte. Dedicado, sim, por participar de grande parte das discussões acadêmicas, defendendo os alunos, as disciplinas, e quebrando o pau nas ferrenhas discussões dos planos acadêmicos com os amigos coordenadores. Mas eu apenas passava pela Estácio, e só. É meu segundo emprego. Passo no balcão, pego a pauta, dou aula. O resto são reuniões marcadas presencial ou virtualmente. Eu era um funcionário da instituição, participando do normal processo democrático e acadêmico.

Tinha eu me esquecido do ensinamento do meu grande mestre de profissão. Já dizia Niemeyer: “o trabalho não importa. O que importa são os amigos.” – e foi neste momento de reclusão acadêmica que pude sentir a Estácio/FIC e o que está ao redor dela. Conheci fantásticos colegas, com belíssimas histórias de vida, e mais: com energias a compartilhar.

Estava debaixo do meu nariz belos olhares e sorrisos,, práticas inspiradoras, oportunidades de parcerias, e como não, de amizades e bons happy hours. E com este jeito sincero deixei-me invadir com essa energia. É o momento de pertencimento, onde você passa a enxergar mais do que o trabalho, do que o código de honra do professor. É quando você percebe que os professores que representaram a Estácio/FIC, talvez pela primeira vez com quase todas as áreas do conhecimento da instituição, tem muito em comum.

Agora que acendeu em mim essa reflexão, eu digo a todos que estão do outro lado da cadeira, esperando sua chance: de todas as lições que aprendi, a maior delas, sem dúvida, foi de não somente contemplar uma paisagem, mas fazer parte dela.

Esta viagem foi intensa, e pude fazer mais parte do Rio de Janeiro, por ter ido ao jogo do Vasco direto do aeroporto. Por ter formado a turma da Lapa. Por ter ouvido as histórias dos taxistas. E me tornei parte constituinte da Estácio/FIC, por ter sentido que aqui também é um bom canto pra se viver.