Fiz parte desta matéria do Jornal Gazeta do Povo, com grande circulação no Paraná. Abaixo trechos da matéria.

ALÉM DO VELHO ATARI

Trinta anos após o lançamento de Pong, mudanças na interação entre jogo e jogador são discutidas entre pesquisadores e entusiastas

Os primeiros jogos eletrônicos datam da década de 50. Do Tennis for Two, construído sobre um osciloscópio, ou do Pong, lançado em 1971, até os dias de hoje, os videogames sofreram mudanças ex­­pressivas. “Antes, os games eram encarados como um passatempo fugaz. No bar, na fila do cinema ou na lanchonete, havia um fliperama com um jogo de ficha que durava poucos minutos. Fazia parte de um contexto social desvirtualizado, em que desafio e foco eram os aspectos mais importantes”, afirma Daniel Gularte, autor do livro Jogos Eletrônicos – 50 Anos de Diversão e Interação, sobre a mudança nos games e na maneira como o jogador interage com eles.

Socialização virtual

Os jogos de redes sociais, como o Farmville e o Mafia Wars, acrescentam o aspecto social a um jogo de videogame. Daniel Gularte, porém, afirma que essa socialização virtual não é nova. “A adição de um segundo jogador nos primeiros videogames criou essa virtualização das interações humanas. Jogar em si já é uma atividade social.”

Pablo Miyazawa, do blog Gamer.BR, completa: “Os jogos no ambiente das redes sociais refletem comportamentos que existem no mundo não-virtual, como um certo exibicionismo e a necessidade de se socializar por meio do jogo. Só o que foi mudado foi a interface de interação.”

Para Daniel Gularte, a empreitada dos jogos em outros suportes vem para justificar o alto investimento em tecnologia a que os usuários se propõem ao comprar um Iphone, da Apple, por exemplo. “Nos celulares, a interação não parte do jogo, mas do aparelho. Interação nada mais é do que um usuário conseguir realizar as ações de uma tarefa de forma efetiva”, explica. Miyazawa, por sua vez, aponta que o que muda de fato é apenas a plataforma, já que a portabilidade do entretenimento, como com o walkman ou os primeiros minigames, levou a indústria a dar esse passo óbvio. “Sempre existirá uma demanda para o jogo casual porque essa é essência do jogo. Você joga para se divertir, e a experiência não precisa ser profunda, ela pode ser rasa e também divertida, mas está cada vez mais claro de que os videogames não são mais considerados como um simples passatempo.”

linka da matéria completa: http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1140590&tit=Alem-do-velho-Atari